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Chained
Está qualquer coisa em bruto, cá dentro, e quer sair. Mas não deixo. Não assim, porque se o permitisse seria demasiado devastador. Tenho que lhe dar uma forma, limitar-lhe a energia. Tenho que deixar que as ameias do meu peito absorvam os seus embates, a ferocidade das investidas. Deixar que os murros e pontapés que se desfiram contra mim, esperando que se acalme. Se o soltasse agora destruir-me-ia e a todos os que sentisse. Um fulgor bestial carregado em sangue e lágrimas. Carregado em vida e morte. Mata por dentro, lentamente e com prazer, alimentando-se ruidosamente. Não posso soltá-lo. Já não.
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