Quem acho na rua guardo, dentro de cada olhar, de cada gesto e palavra leio um pensamento, uma melodia interior, que ora toca em desafino ora em perfeita harmonia.
Resguardo entre as memórias os sentidos que me guiam, as linhas invisíveis que orientam as minhas mãos. Nos momentos raros e preciosos que reconheço, de tantos que deixo passar incólumes e intocados, encontro amigos surpreendentes, reencontro sensações.
Temperos de alma, inundações de vida que preenchem o peito e exigem ao coração que salte e se faça anunciar. Rebenta todas as amarras rochosas em que descansa, reergue-se em vermelho sangue, respira energia, contrapõe verdades, vence-se cansado e feliz.
Duas caras, dois pratos, duas vidas, duas distâncias, dois percursos, dois destinos, dois caminhos iniciados, dois tempos interrompidos e duas pessoas tão próximas, também duas tão distantes.
Há sopro de novidade, como o vento que percorre as margens do rio na madrugada. Uma mistura de novo, névoa, sonho e medo. E o perigo de abrir demais as ameias do peito a invasões estrangeiras. Estranhas, acutilantes, pulsantes de vida e juventude.
Quem nos acha perdidos, conduz-nos. Quem nos perde, encontra-nos mais tarde. Porque tudo o que somos flui incessantemente até ao céu e volta a nós em bênção ou maldição. Porque o sangue que nos percorre carrega história e muita gente, valor de tantas paixões físicas e mentais.
A harmonia de mentes clama sempre e não se deixa rebater. É hercúleo o esforço para conter o mar, sustentar ao alto a fantasia e a realidade alinhadas em perfeito equilíbrio. Perder um pouco é, por vezes, ganhar a vida que se escapava sem que dela nos déssemos conta.
Nos dias anteriores caminhei em curvas apertadas e estradas íngremes. Nos dias de hoje procuro linhas retas, caminhos trucidados de detritos que vou afastando. Atrás de cada pedra uma surpresa, um amigo ou um precipício escondidos.
Pela fé que me mova espero uma nova vida, de harmonia e paz. Mas os génios malignos atormentam-me, a alma enegrece sem razão e perco amor por ingratidão e devassa violência.
Resguardo entre as memórias os sentidos que me guiam, as linhas invisíveis que orientam as minhas mãos. Nos momentos raros e preciosos que reconheço, de tantos que deixo passar incólumes e intocados, encontro amigos surpreendentes, reencontro sensações.
Temperos de alma, inundações de vida que preenchem o peito e exigem ao coração que salte e se faça anunciar. Rebenta todas as amarras rochosas em que descansa, reergue-se em vermelho sangue, respira energia, contrapõe verdades, vence-se cansado e feliz.
Duas caras, dois pratos, duas vidas, duas distâncias, dois percursos, dois destinos, dois caminhos iniciados, dois tempos interrompidos e duas pessoas tão próximas, também duas tão distantes.
Há sopro de novidade, como o vento que percorre as margens do rio na madrugada. Uma mistura de novo, névoa, sonho e medo. E o perigo de abrir demais as ameias do peito a invasões estrangeiras. Estranhas, acutilantes, pulsantes de vida e juventude.
Quem nos acha perdidos, conduz-nos. Quem nos perde, encontra-nos mais tarde. Porque tudo o que somos flui incessantemente até ao céu e volta a nós em bênção ou maldição. Porque o sangue que nos percorre carrega história e muita gente, valor de tantas paixões físicas e mentais.
A harmonia de mentes clama sempre e não se deixa rebater. É hercúleo o esforço para conter o mar, sustentar ao alto a fantasia e a realidade alinhadas em perfeito equilíbrio. Perder um pouco é, por vezes, ganhar a vida que se escapava sem que dela nos déssemos conta.
Nos dias anteriores caminhei em curvas apertadas e estradas íngremes. Nos dias de hoje procuro linhas retas, caminhos trucidados de detritos que vou afastando. Atrás de cada pedra uma surpresa, um amigo ou um precipício escondidos.
Pela fé que me mova espero uma nova vida, de harmonia e paz. Mas os génios malignos atormentam-me, a alma enegrece sem razão e perco amor por ingratidão e devassa violência.
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